terça-feira, 18 de agosto de 2009

Meias Palavras

Deleita-te em ver
Com olhos vendidos,
Encobertos...
Pela negra nuvem do torpor.
Não burlas uma só camada!
Pois de onde vejo
Não há uma linda linha azul
Mas um horizonte podre.
E é de dentro que vem a degradação.
A casca só dissimula pureza!

Joedson Silva
Salvador, 26/08/07.
Há névoas no meu caminho.
Imprevisível é dar mais um passo.
Passo, à passos despercebidos
Por olhos abstraídos
Envoltos em seus mundos
De névoas particulares.

Procuro enxergar nas retinas,
Caminhos livres, de veraneio.
Devaneio, sob pretextos diversos,
Umas vezes perverso,
Noutras possesso,
Em atos imaginários.

Há névoas...
Insano é seguir.
Insano é não ir.
Não ir.
Seguir.


Joedson Silva
Salvador, 18/09/07.

Ária do (In)Acabado

E eram inertes os dias,
Lúgubres as noites eram,
Eram densos os sonhos
E indolente se dava o tempo.

Da inércia surgiu uma via,
Da lúgubre noite veio o lampejo.
E chegaram suaves os sonhos
E desvairado, o tempo voou.

Seguiu-se a história...
A noite venceu.
O sonho fechou.
O tempo não deu.

Metamorfoses? Quase!
Pois, o que era noite
Dia se fez,
Mas o que era sonho...
Sonho ficou!


Texto e foto: Joedson Silva
Salvador, 31/07/2008 às 12h56m (texto) e 20/06/2009 às 9h (foto).

Definitivar

Sou um sonho em curso,
Com direito a cenas absurdas,
Incríveis... ou críveis,
Importando apenas
Que flutuo em ações.

Nada é verdade!
Nem mentira, nada é!
Tudo é possível!
Desde que demais nada seja.

Até chegar o dia,
No qual acordo, de repente...
Ou lentamente...
Num sono profundo!


Texto e foto: Joedson Silva