quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Fios de Tempo



Numa curva do rio,
Quando o Sol se pôs:
O silêncio e nós dois

A brilhar
Sem a pressa de viver
O agora ou depois.

Tecendo em águas
Os fios de tempo
E as cores do anoitecer.

Há um tempo que chega.
Que devora, evapora.
Num lampejo, um segundo,
Faz curar todo mal que ficou.

A distância surgiu,
Nosso sol se foi.
Foi silêncio em nós dois

A trilhar,
Sem certezas, sem saber,
Do agora ou depois.

Partindo as águas,
Que os fios de tempo
Teceram ao escurecer.

Há um passo que chega.
Que devora, evapora.
Num lampejo, um segundo,
Faz lembrar todo bem que ficou.


Joedson Silva

Petrolina-PE/São Francisco do Conde-BA, entre janeiro e junho de 2017.



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